terça-feira, 10 de novembro de 2015

Marcadas pela Buceta

É comum mulheres andarem pelas ruas recebendo "cantadas" ou melhor sendo assedias e julgadas. Uma hora somos julgadas por termos pouco peito ou por termos muito peito, por sermos magras ou sermos gordas, por termos muita bunda ou pouco, roupa curta ou roupa comprida, pernas, axilas peludas ou sem pelo ... e assim vai os olhos da sociedade em seus julgamentos.
vemos argumento de que "mulheres tem que ser..", mulheres tem que se encaixar em padrões, padrões em que somos ridicularizadas e obrigadas a seguir normas. Mesmo as que tem uma renda menor, essas talvez principalmente as mais julgadas e olhadas, pois mesmo sem dinheiro pra se manter são obrigadas a se vestirem de tal forma que agrade o olhar do outro, que satisfaça o outro.
A sociedade nos ensina que devemos agradar o outro, depositar nossa felicidade no outro, enquanto nós mesmas ficamos a merce à espera de que essa dependência gerada pelo outro nos complete. O que é um verdadeiro equivoco, pois se estar completa é ter alguém sempre a nossa volta, que somos obrigadas a atender desejos e padrões, nunca estaremos completas. Ainda mais se formos tratadas como um pedaço de terra, uma conquista de "valor" aos olhos do capital.
Vemos em relações afetivas essa dependência emocional, principalmente em mulheres, adolescentes que são criadas desde de criança ouvindo que devem se comportar como menininhas e devem se dar o valor, ser difícil e todas aquelas baboseiras e maluquice que somos obrigadas e engolir desde que nascemos e temos uma buceta.
Todas essas enfases na cultura patriarcal nos mostra a construção do poque levar cantadas na rua. Do poque ser estuprada e ter medo de homens, afinal eles são mais forte ou melhor papai e mãe disse que meninos são mais fortes e além de tudo devem ser cavalheiros. Ou seja, são fortes e devem ser bondosos com as menininhas, pois como conquistaria seu pedaço de terra se não fosse cavalheiros?
E ainda vemos os que são agressivos e mesmo assim, como muitas meninas foram ensinas que se um menino bate nela é apenas graça, pois gosta dela e quer chamar atenção.
Agora me diz, onde cabe o espaço para nós mulheres sermos felizes e independentes, sem precisar construir uma família, ter filhos ou marido ou até mesmo ser mãe solteira. Aquela que carrega todos os julgamentos nas costas, a puta que não soube se prevenir ou a assassina que deseja abortar, "Porque na hora de fazer foi bom, agora ninguém quer assumir". Agora, me diz quem disse que foi realmente bom??! se fomos ensinas a reproduzir padrões, se fomos ensinadas a se rebaixar, se fomos ensinadas a agradar o homem seja sentindo dor ou não, somos responsabilizadas por tudo em uma relação. A culpa sempre será dela. A vadia, a mulher.
A proposta de ter escrito esse texto é pra que as manas possam repensar e talvez concordar ou não com a realidade do machismo de cada dia. E possam reconhecer os pontos em que estão sendo abusadas, maltratadas e muitas vezes violentadas, estupradas sem saber. Esse é apenas um dos muitos textos que pretendo escrever pra ajudar as manas e conseguir alcançar maior índice de mulheres, pra que elas possam se ver de outra maneira e pra que possa tentar auxilar, ajudar de alguma forma. Pois entendo que pelo o que defendo e luto como feminista não posso deixar essas mulheres sozinhas nas mão do patriarcado.
Estamos juntas na luta todos os dias, Manas!

- Aurora

domingo, 25 de outubro de 2015

Poema

Sobre a concepção de liberdade no amor, para com as mulheres e os relacionamentos que envolve posse na sociedade capitalista e patriarcal, uma das minas que compõe o folhetim escreveu o poema "semente da liberdade". Para assim, poder expressar-se de tal forma.

Semeamos uma revolução um no outro
Amor com laço sem nó
Amor sem favor ou dó
construção de nós
Pra nós
Habitamos um no outro
Estadia sem tempo determinado
Sem tempo...
Teu cheiro que abandona  meu corpo devagar
Me faz querer voltar
E por amor eu volto!

domingo, 18 de outubro de 2015

Existe mulher depois da maternidade?

O assunto de hoje é: 
"Existe mulher depois da maternidade?"
Primeiro, queria escrever de forma mais objetiva - até perceber que, não, não tem como. Pra escrever sobre esse tema, é preciso compartilhar da minha vivência, da vivência compartilhada com outras mães/mulheres.  

Engravidei do meu primeiro filho com 22 anos. Tava casada há exatamente 1 ano, e já não tava mais muito feliz no casamento. Nunca sofri com a maternidade compulsória, devo dizer. Junto com milhares de outras mulheres, sempre sonhei em ser mãe. Porém, quando decidi casar, foi por impulso. Tava namorando há menos de 5 meses, e dormia com meu ex marido (então namorado) aos finais de semana. Sendo de família super conservadora, tradicional, patriarcal, etc., meu pai ficava escandalizado com isso e, um dia, me confrontou severamente. Foi a primeira briga séria que tivemos. Eu tinha, então, 20 anos, e o questionei sobre o motivo de não poder dormir com meu namorado, ao que ele me respondeu que nós não éramos sequer casados. Eu, ariana, muito impulsiva e impetuosa, logo respondi que se o problema era esse, eu casaria. Saí decidida a casar, conversei com meu ex marido e nós, no auge da empolgação, noivamos. Um ano e alguns meses depois, estávamos casando. 
Nunca gostei de tomar pílula, porque me faltava disciplina pra isso, e a minha então ginecologista me disse que eu tinha ovário policístico e seria muito difícil engravidar sem tratamento. Não foi bem assim. 
Apesar de o casamento não ir bem, fiquei feliz com a gravidez. 
Quando meu primeiro filho nasceu, de cesárea, apesar de eu ter sonhado muito com o parto normal durante toda a minha gavidez, me tornei apenas mãe. Me fundi a ele de tal forma que eu não vivia outra coisa. Engordei 21kgs na gravidez, e permaneci assim por mais 5 anos, mais ou menos. 
Muitos fatores entram aí. A maternidade é um momento de extrema solidão quando suas amigas não têm filhos. A gente deixa de ser interessante, talvez por isso seja tão comum entrarmos em depressão. Meu casamento já ia mal. A gente não tem mais vaidade, tempo, desejos, vontades. E, de fato, eu me anulei. Só que é difícil ouvir a verdade. É doloroso. E me chateava profundamente quando alguém dizia que eu me anulava por causa do meu filho. Por outro lado, muitas pessoas diziam que eu era uma mãe exemplar. Eu era aquela mãe solitária que tava em todos os parquinhos enquanto as outras crianças estavam acompanhadas de babás. Ou a mãe que nunca saía, porque ficava com o filho. A mãe que amamentou exclusivo até os 6 meses, e queria amamentar em livre demanda. 
Engravidei do meu segundo filho quando meu mais velho tinha 1 ano e 2 meses. Entrei em depressão. Meu segundo filho nasceu também de cesárea, e eu também sonhava com um parto normal. Chorei por 24 horas quando marcaram a cirurgia pro dia seguinte, entrei na sala de parto chorando. Depois tive depressão pós parto. Passou o tempo. Separei. 
Ninguém quer saber se vc tava feliz no seu casamento ou não, ou se vc ainda existe além da maternidade. Se vc quiser viver, além dos seus filhos, vc é uma vagabunda e ponto. Existe vida depois da maternidade? É difícil. 
Pra quem não tem filhos, é fácil julgar. Aliás, pra quem nunca viveu determinada situação, é sempre fácil julgar qualquer coisa. Eu já julguei, e, nossa, como me arrependo e me sinto mal por isso. 
A questão é que, de fato, somos socializadas pra sermos apenas mães depois que tivermos filhos. Pra esquecermos nossos desejos, vontades, libido, vaidade. Entrei e saí de todas as dietas possíveis e imagináveis durante 5 anos. Desistia de todas. A nós, mulheres que temos filhos, não é permitido se divertir demais. Sorrir demais. Querer demais. 
Ser "mãe solteira" é feio. Quando decidi me separar, ouvi de várias pessoas "mas ninguém vai te assumir", como se eu precisasse sempre da aprovação, da legitimação de um homem pra existir, pra ser alguém, pra ser reconhecida com dignidade. 
Depois que temos filhos, não nos é permitido ter vida social além dos filhos. Nosso circulo social tem que se restringir ao universo dos filhos. No máximo, socializamos com pais dos amiguinhos dos nossos filhos. Se ultrapassamos um pouco disso, parece que estamos transgredindo alguma regra. Na realidade, se nós, mulheres, fazemos isso, é grave. E é uma via de mão dupla. As outras pessoas também não tem muito interesse em socializar com a gente, porque uma mulher que é mãe também não é tão interessante. Ninguém te liga pra saber como você tá, ou pra te convidar pra alguma coisa. São raríssimos amigos que mantém esse vínculo. 
Essa coisa de manter a mãe como a "virgem maria", a mãe que tem que viver pros filhos, é uma forma velada de passar o machismo pros filhos. Os filhos meninos, indiretamente, têm essa imagem de que a mulher é sua propriedade, tá ali pra servi-los. E as filhas aprendem esse modelo. É difícil quebrar esse padrão. Porém, é necessário fazer essa reflexão. 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Exposição

 

"Cada (tic-tac) es un segundo de la vida que pasa, huye, y no se repite. Y hay en ella tanta intensidad, tanto interés, que el problema es sólo saberla vivir. Que cada uno lo resuelva como pueda." Frida Kahlo.


Frida Kahlo: autorretrato com trança, 1940

Intensidade. Essa palavra designa bem o que foi a abertura da exposição, "Frida Kahlo: Conexões entre Mulheres Surrealistas no México". O público foi um crescendo constante, e a Orquestra de Câmara da USP (Ocam, sob a batuta do maestro Gil Jardim), foi o ápice antes do contato com a exposição em si. No repertório, duas obras de compositores nacionalistas - a Sinfonieta no. 1, do nosso querido Villa-Lobos, e Huapango, do mexicano José Carlos Mocayo, cuja música é considerada o "segundo hino nacional mexicano" e também ligada à Revolução Mexicana que tanto influenciou a vida e a luta de Kahlo.


Remedios Varo, Dor Reumatica I, 1948.
A exposição explora, além da ênfase em Kahlo, os lugares comuns entre todas essas pintoras: as lutas pela liberdade, a busca da identidade do feminino (longe da ótica de uma sociedade essencialmente machista), e a representação do eu e da mulher, dentro de todo esse contexto. A ideia de "Mulheres para Mulheres", está muito presente: "as mulheres desempenharam um papel fundamental na promoção da obra de outras mulheres. Natasha Gelman foi uma grande mecenas para Frida Kahlo. Inês Amor fundou a primeira galeria comercial no México, que abrigou a Exposição Internacional de Surrealismo em 1940 e ofereceu às artistas exposições individuais. Maria Asúsolo criou a galeria GAMA, e Lola Álvarez Bravo fundou a Galeria de Arte Contemporanea, que abriu espaço para a primeira exposição individual de Frida Kahlo. Maria Izquierdo colaborou como crítica de arte para o jornal Novedades. Kati Horna, com suas reportagens para a revista Mujeres, contribuiu para difundir a obra daquelas que se destacavam no mundo das artes e da cultura". Inclusive, a curadora dessa exposição é Teresa Arcq, que trouxe para o Brasil essa reunião inédita de telas dessas grandes artistas.
 

 Breves palavras, pinceladas e impressões

Aborto, maternidade e família também fazem parte da exposição: esses temas aparecem nas telas de maneira sutil, aberta e repetidamente, "desafiando os costumes sociais estabelecidos e os papéis de gênero. As figuras femininas predominam como eixo em volta do qual gira a família. Em Frida Kahlo, a incapacidade de gerar vida, converte-se em uma obsessão. Ela reelabora os códigos estéticos da imaginária médica, impregnando-os de carga emotiva, ou então, representa o filho que não teve por meio de um boneco ou da figura de seu companheiro". Essa parte da exposição, foi a que mais chocou. A dor é quase sensível ao observar os desenhos e quadros sob essa égide.


Olga Costa, Coração Egoísta
A sexualidade é explorada através dos quadros de natureza morta, uma maneira metafórica de representação do tema. De maneira subversiva, Kahlo e Izquierdo chamavam suas pinturas desse gênero de "natureza-viva". "Diversas artistas valeram-se da natureza-morta como um meio para narrar histórias, tanto eróticas como de amor ou abandono, usando a rica variedade de frutas mexicanas com uma forte carga simbólica".

Apesar do pouco tempo para ver a exposição, foi inspirador e  indescritível estar tão próxima da obra de uma mulher tão forte, além de seu tempo, que lutou pela liberdade - sua, acima de tudo, mas que inspiraria mesmo as gerações de tempos vindouros. Kahlo não teve um filho, mas teve muitas filhas. Vale a pena conferir, com bastante tempo e peito aberto.

Frida Kahlo, A Noiva que se Espantou ao Ver a Vida Aberta


Frida Kahlo - Conexões entre Mulheres Surrealistas no México
Quando: De 27 de setembro de 2015 a 10 de janeiro de 2016. Visitação de terça a domingo, das 11h às 20h (bilheteria até as 19h)
Duas sessões por dia:
- das 11h às 15h30 (entrada até as 15h);
- das 16h às 20h (entrada até as 19h).
Onde: Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88), Pinheiros. Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela
Quanto: R$10 e R$5 (crianças até 10 anos, cadeirantes e deficientes físicos a entrada é gratuita todos os dias da exposição); às terças-feiras, a entrada é gratuita para todos
Vendas: pelo site ingresse.com ou na bilheteria do Instituto de terça a domingo, das 10h às 19h.

Escrita por Ariadne: violoncelista, nerd, gamer, dionisíaca, em busca de se tornar um espírito livre.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

29 de Agosto: Dia da visibilidade Lésbica

Sexta e sábado rolou o evento do dia da Visibilidade lésbica no Largo do Arouche em São Paulo. Ontem eu fui dar uma conferida, e a programação foi mara!

Teve apresentação da Jéssica Tauane, do Canal das Bee, e depois foi a vez da Luana Hansen, que começou e terminou o show com um lindo free style, mostrando que, sim, as minas mandam muito bem em tudo que elas se propuserem a fazer!  







Pois bem. O evento de hoje foi muito bom. A Jéssica falou sobre como a gestão do PT não tem sido de grande ajuda pra comunidade LGBT, e, mais especificamente, para nós, mulheres lésbicas. Hoje foi a eleição pro Conselho Municipal LGBT. É quase irônico se pensarmos que justamente no dia da visibilidade lésbica acontece um evento que, politicamente, ofusca... a visibilidade lésbica. É, prefeitura, isso não foi legal. 
O som da Luana Hansen é sensacional! Ela é uma rapper negra, feminista e lésbica que manda super bem! Pra quem ainda não conhece, vale muito a pena conferir. 
Como estamos num blog feminista, não posso deixar de relatar uma experiência desagradável que tive. Num evento de visibilidade lésbica, com um público majoritariamente LGBT (e voltado, principalmente, para as lésbicas), em um intervalo de no máximo 30 min em que tentei ficar sentada mexendo no celular, precisei me mudar 3x de lugar por ser incomodada por homens cis hetero. Eu ainda consigo me surpreender com essas coisas... 
Mas, vamos ao que interessa. 
Por quê dia 29 de Agosto? A data foi escolhida porque foi nesse dia, em 1966, que foi realizado o primeiro Seminário Nacional de Lésbicas(Senale) no Rio de Janeiro, pelo Colerj (Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro). 
Precisamos falar sobre isso. Em uma sociedade patriarcal, com o machismo arraigado que nos oprime desde que sai o resultado no ultrassom ("compra tudo rosa", "minha filha só namora depois dos 30", e mais mil outras coisas que só são ditas e feitas quando se descobre que o bebê a nascer será uma menina), nós, lésbicas, sofremos duplamente. Sofremos com a invisibilidade social, preconceito, feitichização, invisibilidade sexual, opressão, estupros corretivos. Mesmo dentro do movimento LGBT nossa luta é constante. 
Ontem, logo que o show começou, a Jéssica chamou todas as lésbicas lá pra frente e fez uma pergunta pra cada uma. Foi super bacana. Ela me perguntou qual a importância da palavra "lésbica" pra mim, e se eu me sentia representada pela palavra "gay". 
Manas, poder dizer "eu sou lésbica" é algo libertador. Pra quem sempre se afirmou bissexual, se identificar, finalmente, com o que se sente, não tem como descrever. E, por mais que a gente diga que "gay" engloba qualquer pessoa homossexual, quando falamos de gays e homossexuais, automaticamente pensamos em homens homossexuais. Ninguém pensa em mulheres, porque as pessoas, geralmente, não levam a sério mulheres homossexuais. Nós somos questionadas, julgadas, apontadas. Pensam que "é uma fase", que "é trauma", que não encontramos "o homem certo", que "é falta de rola"(essa é curinga, porque também vale pras feministas, então, imagino que pra uma feminista lésbica deve ser tipo um zap, né), e acrescente aí qualquer outro argumento que nos torne mais invisível e incapaz de sabermos o que sentimos, queremos e somos. Isso é o quanto a nossa sociedade oprime e nos reprime. 








quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Nasce a ideia "Folhetim Feminista"

Muitas ideias não são perfeitas, mas revolucionárias. 

No meio de um grupo de conversas Feministas, com mulheres que emanam desejo de liberdade e de reconhecimento dos seus direitos , nasce a ideia "Folhetim Feminista". Com minas de várias vertentes e o desejo de conhecer mais e se aprofundar mais, buscando sempre causar desconstrução em seu meio social, quanto dentro de si, trocas de idéias foram acontecendo, amizades foram se fortalecendo, e o conhecimento vêm sendo construído a cada dia.  
Folhetim Feminista não iniciou com a ideia de um blog tão somente. A ideia principal era a de empoderar meninas, mulheres ajudando a enfrentar e desconstruir sua realidade opressora. O grupo iniciou com debates e discussões de textos feministas - sua origem, vertentes, enfim... Foi se aprofundando, sempre com o desejo de MAIS, MAIOR LIBERDADE DE SI. 
Procurando cada vez mais espaços para estar nas ruas, com as mulheres podendo ocupar todos os espaços. Tem propostas de buscar esse espaço na sociedade de forma mais ampla, construi-lo por meio da poesia, da arte, da liberdade que as mulheres encontrarão em si.


Texto: Raíssa Gabriela Leite (Estudante Secundaria, Militante Revolucionaria Feminista.) e Talita Miyuki Takayama (Militante Revolucionaria dos direitos LGBT's e Feminista).